A homeopatia é uma especialidade médica que busca tratar o paciente de forma integral e individualizada, considerando não apenas os sintomas, mas também os aspectos emocionais, sociais e ambientais que podem influenciar na saúde. A homeopatia utiliza medicamentos naturais, preparados a partir de substâncias de origem vegetal, animal ou mineral, que são diluídos e dinamizados em um processo específico.

A homeopatia é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980 e pela Organização Mundial da Saúde desde 1978. Ela faz parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, sendo oferecida gratuitamente em alguns centros de saúde, hospitais e unidades básicas de saúde.

A homeopatia pode tratar diversas doenças, tanto agudas quanto crônicas, desde que não sejam casos graves ou urgentes que demandem intervenção clínica imediata. Entre as doenças mais comuns que podem se beneficiar da homeopatia estão:

– Doenças respiratórias: rinites alérgicas, bronquite, sinusite, asma, etc. A homeopatia ajuda a equilibrar a reação do organismo aos alérgenos, diminuindo a inflamação e a frequência das crises.
– Problemas emocionais: estresse, ansiedade, síndrome do pânico, depressão, etc. A homeopatia auxilia na gestão das emoções, buscando a harmonia entre o corpo e a mente.
– Problemas gastrointestinais: gastrite, úlcera, prisão de ventre, diarreia, etc. A homeopatia atua na regulação do sistema digestivo, levando em conta os fatores emocionais e alimentares que podem afetar o funcionamento do aparelho digestivo.
– Disfunções na tireoide: hipotireoidismo ou hipertireoidismo. A homeopatia pode ser usada como coadjuvante no tratamento dessas condições, podendo em alguns casos reduzir a dose da medicação convencional.
– Doenças endêmicas: dengue, caxumba, H1N1, etc. A homeopatia pode ser usada para prevenir ou tratar essas doenças, estimulando a resposta imunológica do organismo.
– Doenças ginecológicas: cólica menstrual, TPM, menopausa, infecções vaginais, etc. A homeopatia pode aliviar os sintomas dessas doenças, como fogachos, insônia, secura vaginal, alterações de humor, etc.
– Doenças degenerativas: Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA), etc. A homeopatia pode ajudar a retardar o avanço dessas doenças e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Para trabalhar como homeopata no SUS é preciso ser médico formado em uma faculdade reconhecida pelo MEC e fazer uma especialização ou residência médica em homeopatia com duração de dois anos. Essa formação é oferecida por algumas universidades públicas e privadas e por instituições credenciadas pela Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB).

O médico homeopata pode atuar em diferentes níveis de atenção do SUS: na atenção primária à saúde (APS), na atenção secundária (especializada) ou na atenção terciária (hospitalar). O médico homeopata pode integrar as equipes de saúde da família (ESF), os núcleos ampliados de saúde da família e atenção básica (NASF-AB), os centros de referência em práticas integrativas e complementares (CERPICS), os centros de atenção psicossocial (CAPS), os hospitais universitários ou os hospitais gerais.

Para trabalhar como homeopata no SUS é preciso participar dos processos seletivos públicos que são realizados periodicamente pelos municípios ou estados. Os requisitos e as vagas variam de acordo com a demanda e a disponibilidade de cada local. O salário do médico homeopata no SUS depende da carga horária, da complexidade do serviço e do plano de carreira de cada ente federativo.

A homeopatia é uma opção terapêutica que pode contribuir para a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde dos usuários do SUS, respeitando a sua individualidade, a sua autonomia e o seu direito de escolha. A homeopatia também pode trazer benefícios para o próprio sistema de saúde, como a redução do uso de medicamentos sintéticos, a diminuição dos efeitos colaterais, a otimização dos recursos e a humanização do atendimento.